A instrumentalização da cultura da produtividade por meio da monetização do lazer
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Resumo
A busca por produtividade intensa vem sendo discutida e problematizada nos últimos anos com a classe trabalhadora, que sempre foi ensinada a trabalhar mais e mais na esperança de ser reconhecida, e que passa a colher as consequências de um modelo de trabalho que negligencia a saúde física e psicológica em prol da máxima eficiência. A ascensão das mídias sociais também desempenha um papel crucial quando se fala de produtividade tóxica, visto que a hiperconectividade trouxe consigo uma realidade onde o trabalho nunca termina e a busca incessante por produtividade se torna parte da identidade do indivíduo. Este estudo tem como objetivo analisar como a instrumentalização da cultura da produtividade, intensificada pela monetização do lazer e o uso constante das redes sociais, afeta a saúde mental dos trabalhadores contemporâneos. Para isso, adotou-se uma metodologia de revisão bibliográfica, com base em autores como Byung-Chul Han, Max Weber e Michel Foucault, visando traçar um panorama sócio-histórico sobre a evolução da relação da sociedade com o trabalho, bem como investigar o impacto da pressão exacerbada por produtividade aliada às redes sociais na saúde mental dos indivíduos. Concluiu-se através do enfrentamento do tema, que ambos os fatores têm correlação quando se trata do desenvolvimento de Transtornos Psicológicos dos sujeitos em idades laborais, apontando a necessidade de repensar as relações de trabalho contemporâneas, além da reflexão crítica a respeito da importância do tempo livre.
Palavras-chave: Produtividade. Saúde Mental. Hiperconectividade. Trabalho. Cansaço.