Em razão do alto teor de nutrientes, características sensoriais agradáveis, facilidade na aquisição e custo relativamente barato, o leite é um produto distribuído mundialmente e para o agronegócio nacional, torna-se um dos principais mobilizadores de renda, sendo de extrema importância para a economia. Por outro lado, as suas características intrínsecas fornecem substratos para a proliferação e multiplicação de microrganismos, assim o processo de pasteurização torna-se essencial para garantir a segurança alimentar. No entanto, apesar dos riscos atribuídos à saúde pública e da legislação vigente que proíbe a comercialização de leite não pasteurizado, ainda há o consumo deste tipo de leite, podendo-se observar porcentagens significativas em diferentes regiões do país, sendo o consumo influenciado por questões culturais, além da falta de informação. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência do consumo de leite não pasteurizado pelos habitantes do perímetro urbano de Itajubá-MG. O método utilizado foi um estudo quantitativo, onde foram entrevistadas 304 pessoas baseando-se na aplicação de um questionário abordando sobre o consumo de leite. Do total de entrevistados, 159 (52%) consomem apenas leite pasteurizado e 25 (8%) relataram não consumir nenhum tipo de leite. No entanto, o consumo de leite não pasteurizado foi significativo, uma vez que 120 (40%) dos entrevistados consomem este tipo de leite. Ainda, pode-se observar que o consumo do produto não pasteurizado se relaciona às questões sensoriais do produto, uma vez que a maioria dos consumidores deste tipo de produto baseiam-se no sabor e ideia de inocuidade. Ficou também evidenciado que há desinformação quanto os riscos atribuídos à saúde e a legislação vigente.

Palavras-chave: Consumidor. Pasteurização. Saúde pública.